Organização e estudo diário são rotina para vencedora do Soletrando

Ex-aluna da Escola Escobar explica seu sucesso: (2012)

Yasmin Böhm Lewis Esswein, 14 anos, sempre foi uma aluna dedicada. Alfabetizou-se aos cinco anos e desde pequena tomou gosto pela leitura e pelo português. A jovem estuda ao menos uma hora por dia, aumentando o tempo para duas horas aos fins de semana. Não é por acaso que a estudante do nono ano do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) não errou nenhuma palavra durante as etapas que a levaram à final da competição Soletrando, da qual foi vencedora em 2012.

A palavra que lhe deu o prêmio de R$ 100 mil e o troféu Jorge Amado no fim de setembro foi “endechador”, vocábulo que a estudante desconhecia. “Nunca tinha visto a palavra, mas havia estudado etimologia e regras ortográficas, então refleti sobre isso, analisei e cheguei à conclusão da grafia correta”, conta, ressaltando que o mais difícil durante a competição foi manter a tranquilidade. “Ela nunca deu chance para adversário, porque sempre acertava todas”, orgulha-se a mãe, Carmen Lúcia.

O gosto pela leitura foi incentivado pelos pais, que liam histórias antes dormir desde que a menina tinha dois anos. “Sou muito curiosa e sempre gostei de ler, porque quanto mais leio, mais aprendo”, diz Yasmin. Na preparação para o Soletrando, passou a estudar mais do que o normal, auxiliada por um dicionário eletrônico.

Yasmin ingressou no CMPA em 2009. Como não provém de família militar, teve que prestar concurso para entrar no colégio. Já em 2008, aos 10 anos, começou a estudar para o exame. Na época, além de estar matriculada na Escola Escobar, que prepara para o ingresso no Colégio Militar, ela também frequentava um cursinho (Curso Coronel Escobar) com o mesmo objetivo. “O CMPA é uma entidade de ponta, e sempre pensamos na possibilidade de ela estudar lá. Quando chegou o momento, a preparamos para isso”, conta James, pai da menina. Os três finalistas da edição 2012 do Soletrando eram de colégios militares.

“Cada colégio que estudei tinha suas particularidades, e eu tive uma base muito boa. Se eu sou o que sou hoje é por causa da base que tive, porque aprendi a ler e escrever bem”, afirma Yasmin. Além das aulas no CMPA, Yasmin se divide entre aulas de inglês duas vezes por semana e o clube de química às segundas-feiras.

Determinada, Yasmin já sabe o que fazer com o prêmio em dinheiro: economizar para investir em uma provável graduação em odontologia e na especialização em ortodontia. Além da formação profissional, a gaúcha também deve destinar 10% da quantia para uma instituição de caridade.

Fonte: Site www.terra.com.br